REAC no tratamento de fibromialgia: uma nova abordagem para melhorar a qualidade de vida dos pacientesFibromialgiaREAC no tratamento de fibromialgia: uma nova abordagem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes

REAC no tratamento de fibromialgia: uma nova abordagem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes

A fibromialgia é uma condição crônica complexa. Primordialmente, é caracterizada por dor muscular generalizada, fadiga e sintomas psicopatológicos. Assim, esses sintomas frequentemente resultam de falhas na modulação central da dor e de respostas disfuncionais ao estresse ambiental. 

Isso ocorre porque os nervos responsáveis por transmitir estímulos interpretam esses sinais como lesões, induzindo o sistema nervoso central (SNC) a registrar uma sensação de dor, mesmo na ausência de uma lesão física. Além disso, a fibromialgia pode ser desencadeada por estímulos como toques leves, mudanças de temperatura ou sensibilidade. Nessas situações, o indivíduo sente dor em áreas como os músculos do braço, mesmo sem lesões aparentes.

Embora a causa exata da fibromialgia ainda seja desconhecida, o tratamento foca em melhorar a qualidade de vida dos pacientes, aliviando a dor, melhorando o sono e o humor. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia afeta entre 2% a 3% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres de 30 a 55 anos, de cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são do sexo feminino.

Confira, a seguir, os resultados de um estudo científico publicado no Journal of Personalized Medicine que revela a eficácia da terapia REAC no tratamento de fibromialgia e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 

REAC e Tratamentos para fibromialgia

A pesquisa, conduzida por pesquisadores da Universidade Federal do Amapá e da Universidade de Sassari, na Itália, sob a supervisão do Rinaldi Fontani Institute, demonstrou que a neuromodulação com tecnologia Radio Electric Asymmetric Conveyer (REAC) é uma abordagem promissora no tratamento da fibromialgia.

O estudo, intitulado “REAC Neurobiological Modulation as a Precision Medicine Treatment for Fibromyalgia”, apontou que a dismetria funcional, um desequilíbrio neurológico, pode estar associada a alterações neurobiológicas e epigenéticas características dessa condição.

Participaram do estudo 37 pessoas com fibromialgia, após divulgação escrita e eletrônica e contato pessoal com associações de pacientes e clínicas reumatológicas. A amostra incluiu 1 homem e 36 mulheres, com idades variando de 27 a 58 anos, e uma média de 38 anos.

O estudo incluiu avaliações pré-intervenção, administração de um tratamento único de NPO, verificação da eficácia imediata do tratamento NPO e avaliações pós-intervenção após 18 sessões de NPPO 

A abordagem REAC, utilizando os tratamentos de Otimização Neuro Postural (NPO) e Otimização Neuro Psico Física (NPPO), mostrou-se eficaz na modulação de respostas neurológicas e, sobretudo, no alívio dos sintomas da fibromialgia. A tecnologia REAC não é invasiva e atua melhorando a comunicação celular e a atividade metabólica por meio de sinais radioelétricos específicos.

Os tratamentos REAC têm como objetivo otimizar a função neurológica e, como resultado, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Estudos comparativos demonstram que essa técnica oferece benefícios significativos para pacientes com fibromialgia.

Resultados

O uso do tratamento REAC NPO reduziu de forma consistente a dismetria funcional (DF), com manutenção dos resultados durante o acompanhamento após 18 sessões de NPPO.

Além disso, os testes Timed Up and Go (TUG) e Sit-to-Stand (STS) mostraram melhorias significativas nos pacientes tratados com REAC, indicando avanços notáveis nas habilidades motoras e na mobilidade.

O Questionário de Impacto da Fibromialgia (FIQ) também apresentou uma redução significativa nas pontuações pré e pós-tratamento, sugerindo uma diminuição expressiva dos impactos da doença na qualidade de vida dos participantes.

Os pesquisadores envolvidos no estudo foram Analízia Silva, Ana Rita Barcessat, Rebeca Gonçalves, Cleuton Landre, Lethícia Brandão, Lucas Nunes, Leonardo Costa, Raquel Silva, Emanuel de Lima, Ester Suane Monteiro, Vania Fontani e Salvatore Rinaldi.

Para mais informações sobre os avanços da tecnologia REAC no tratamento dessa condição, no artigo.

Imagem: Freepik