Atividade Bioelétrica Endógena: o equilíbrio do organismo

A atividade bioelétrica endógena (ABE) é um fenômeno que desempenha um papel fundamental na regulação do comportamento celular e na manutenção da saúde do organismo. Neste texto, vamos explorar o que é essa atividade, como ela influencia processos biológicos essenciais e por que entender esse mecanismo é crucial para avanços na medicina regenerativa, biologia do câncer e bioengenharia.

Atividade Bioelétrica Endógena

A atividade bioelétrica endógena refere-se aos sinais elétricos gerados naturalmente pelas células, resultantes da atividade de canais iônicos e bombas presentes em suas membranas. Assim, esses sinais não estão restritos aos neurônios; eles ocorrem em uma variedade de células, incluindo células-tronco, progenitoras e somáticas. Esses sinais bioelétricos regulam, por exemplo, processos como proliferação celular, diferenciação, apoptose (morte celular programada) e até mesmo a forma das células.

Acima de tudo, essa atividade é essencial para a comunicação celular. Em outras palavras, as células “conversam” por meio de sinais elétricos para coordenar suas ações e garantir que o organismo funcione de maneira harmoniosa.

Importância da Atividade Bioelétrica para o Organismo

1. Regulação do Desenvolvimento e Regeneração

A sinalização bioelétrica endógena é crucial durante a embriogênese (formação do embrião) e na regeneração de tecidos. Dessa forma, ela ajuda a estabelecer padrões espaciais de potencial de repouso, que atuam como “pré-padrões” para a formação de órgãos e estruturas corporais. Por exemplo, estudos mostram que a manipulação desses sinais pode induzir a formação de órgãos inteiros, como olhos, a partir de tecidos não relacionados.

2. Controle da Homeostase Celular

A atividade bioelétrica mantém a homeostase celular, garantindo que as células respondam adequadamente a estímulos internos e externos. Isso inclui a regulação do crescimento celular, reparo de tecidos e até a prevenção de condições como o câncer, onde a desregulação desses sinais pode levar à proliferação descontrolada de células.

3. Influência na Percepção e Comportamento

Além de seu papel no desenvolvimento, a atividade bioelétrica endógena também influencia a percepção e o comportamento. Estudos com pacientes neurocirúrgicos mostraram que flutuações na atividade neural pré-estímulo afetam a precisão da percepção visual e os tempos de reação. Isso sugere que os estados endógenos do cérebro modulam a forma como processamos informações sensoriais e tomamos decisões.

4. Impacto dos Fatores Ambientais na Atividade Bioelétrica

Fatores ambientais, como poluição, radiação, estresse crônico e exposição a substâncias químicas, podem desequilibrar a atividade bioelétrica endógena. Além disso, o estresse crônico pode levar a desequilíbrios hormonais que afetam a atividade elétrica das células, contribuindo para disfunções orgânicas e doenças.

Como a atividade bioelétrica pode ser manipulada?

A regulação da atividade bioelétrica endógena abre portas para aplicações revolucionárias na medicina. Técnicas farmacológicas, genéticas, correntes radioelétricas assimétricas, entre outras já são usadas para alterar os potenciais de membrana em células, com resultados promissores.

Nesse contexto, a tecnologia REAC (Radio Electric Asymmetric Conveyer) surge como uma abordagem inovadora e não invasiva para a neuromodulação e biomodulação. Seus tratamentos são baseados na recuperação da correta atividade bioelétrica endógena, atuando de forma segura e eficaz em uma ampla variedade de distúrbios e patologias.

Tecnologia REAC

Como destacado pelo médico e pesquisador Salvatore Rinaldi, o criador da tecnologia REAC e estudioso da Atividade Bioelétrica Endógena: “Nosso compromisso tem sido estudar e implementar uma biotecnologia, não apenas capaz de promover a recuperação da desregulação da ABE, mas também redirecionar os processos que sustentam distúrbios e doenças para um processo de cura. A nossa busca constante permitiu-nos proporcionar a recuperação natural e individual da ABE para o tratamento de várias doenças e enfermidades, permitindo uma abordagem tecnológica à medicina personalizada/de precisão.”

Com a capacidade de modular a ABE, a REAC representa um avanço significativo no tratamento de doenças complexas e na promoção da saúde global. Assim, seu potencial terapêutico reforça a importância de entender e manipular a atividade bioelétrica como uma ferramenta essencial para o futuro da medicina.

Quer saber mais sobre a REAC e atividade bioelétrica endógena? Leia o artigo  “Tecnologia REAC e atividade bioelétrica na saúde do organismo”.

(Foto:  Hal Gatewood na Unsplash)