NPO, NPPO e NPPO-CB melhoram habilidades funcionais de crianças e adolescentes com autismo
Protocolos específicos de neuromodulação com uso da tecnologia REAC (Radioelectric Asymmetric Conveyer) têm sido apontados por especialistas como um tratamento promissor para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).
Um estudo publicado no Journal of Personalized Medicine, revelou como as terapias de Otimização Neuro Postural (NPO), Otimização Neuro Psico Física (NPPO) e Otimização Neuro Psico Física – Cervicobraquial (NPPO-CB) de neuromodulação REAC melhoraram significativamente as habilidades funcionais de crianças e adolescentes com TEA.
O estudo foi conduzido em uma clínica filiada à International Scientific Society of Neuro Psycho-Physical Optimization with REAC Technology, no Brasil, e no Instituto e Fundação Rinaldi Fontani, na Itália. Contou com a participação de meninos e meninas com idade entre 3 e 17 anos.
A neuromodulação com a tecnologia REAC é um método não invasivo e indolor, capaz de modular a atividade bioelétrica endógena e otimizar os processos neurobiológicos associados ao TEA. Como resultado, os tratamentos mostraram-se promissores, trazendo benefícios reais para a vida dos portadores do transtorno.
Sobre o TEA
O TEA é uma disfunção do neurodesenvolvimento, primordialmente, marcada por um desenvolvimento atípico, dificuldades na comunicação, na interação social, além de padrões repetitivos e estereotipados de comportamento.
O distúrbio engloba várias condições médicas e pode se apresentar tanto em graus mais leves quanto mais severos, conforme o caso. Em geral, o autismo se manifesta nos primeiros anos de vida, mas pode aparecer na adolescência ou na vida adulta.
As causas do transtorno do espectro autista ainda são desconhecidas. Porém, pesquisas recentes sugerem que uma combinação de fatores genéticos e ambientais influencia o desenvolvimento do transtorno.
Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no mundo, uma em cada 160 crianças têm o transtorno do espectro autista. Embora algumas pessoas com transtorno possam levar uma vida independente, outras enfrentam incapacidades significativas e necessitam de cuidados e suporte contínuos ao longo da vida.
Pessoas com TEA frequentemente apresentam transtornos comportamentais, de humor e psiquiátricos, como TDAH, TOC, ansiedade e depressão, complicando o diagnóstico e tratamento. Fatores epigenéticos, como exposição a toxinas e estresse, também são relevantes no desenvolvimento do TEA e seus transtornos concomitantes.
NPO, NPPO e NPPO-CB no autismo
Dados do estudo “Improving Functional Abilities in Children and Adolescents with Autism Spectrum Disorder Using Non-Invasive REAC Neuro Psycho Physical Optimization Treatments: A PEDI-CAT Study”, publicado no Journal of Personalized Medicine, apontam que a otimização da atividade bioelétrica endógena (EBA) e a modulação neurobiológica oferecidas pela tecnologia REAC melhoraram os processos neurobiológicos subjacentes ao transtorno. Ou seja, a neuromodulação REAC ajudou a corrigir e aprimorar as atividades cerebrais desreguladas ou comprometidas no transtorno.
Para validar os resultados, os pesquisadores utilizaram o questionário PEDI-CAT (Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade – Testagem Computadorizada Adaptativa). Assim, o desenvolvimento de habilidades funcionais em jovens com deficiência foi avaliado. O questionário foi aplicado antes e depois de uma sessão de NPO e 18 sessões de NPPO ao longo de uma semana.
Os resultados mostraram melhorias significativas em todas as áreas avaliadas, incluindo atividades da vida diária, mobilidade e cognição social.
- Atividades da Vida Diária: Os participantes demonstraram avanços em tarefas cotidianas, por exemplo, como vestir-se, alimentar-se e cuidar da higiene pessoal. Essas melhorias indicam um aumento na independência e na capacidade de realizar atividades sem assistência constante.
- Mobilidade: As sessões de NPPO, NPO e NPPO-CB contribuíram para uma melhor coordenação motora e estabilidade postural. Bem como, facilitou a movimentação dos participantes, aumentando sua autonomia física.
- Cognição Social: Um dos aspectos do TEA é a interação social. Os tratamentos com REAC mostraram potencial para melhorar as habilidades sociais, incluindo a capacidade de entender e responder a estímulos sociais de maneira mais adequada.
O avanço reforça o potencial dos tratamentos REAC como uma ferramenta eficaz no auxílio ao desenvolvimento de indivíduos com autismo, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e nas interações sociais desses pacientes.
Para saber mais sobre a pesquisa acesse.
Imagem Pixabay.